Mulheres em cargos de liderança ganham R$ 40 Mil a menos que homens no Brasil

De acordo com dados do Dieese, as mulheres que ocupam posições de liderança no Brasil recebem, em média, R$ 40 mil a menos por ano em comparação aos homens. O boletim revela que, enquanto diretoras e gerentes femininas têm um salário médio de R$ 6.798 mensais, seus colegas masculinos ganham R$ 10.126, resultando em uma discrepância de R$ 3.328 por mês. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE revela que, entre 91,2 milhões de mulheres com 14 anos ou mais, 48,1 milhões estão inseridas no mercado de trabalho. A pesquisa também mostra que 37% das mulheres estão na faixa de menor remuneração, recebendo até um salário mínimo, enquanto essa porcentagem é de 27% entre os homens. O rendimento médio mensal das mulheres é de R$ 2.697, enquanto os homens recebem R$ 3.459.

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Para aquelas com nível superior, a situação é igualmente preocupante, pois o ganho médio das mulheres é de R$ 4.885, o que representa uma diferença de R$ 2.899 em relação aos homens. Além disso, a carga horária semanal remunerada dos homens é superior à das mulheres em 4,3 horas. As mulheres também dedicam 21 dias ou 499 horas a mais por ano em tarefas domésticas. Angélica Petian, sócia do escritório Vernalha e Pereira, ressalta a importância de criar ambientes corporativos mais inclusivos. Ela defende a implementação de programas de mentoria e políticas de diversidade que possam ajudar a reduzir essa desigualdade salarial. Embora a Lei de Igualdade Salarial (proposição 14.611/2023) tenha trazido alguns avanços, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a equidade nas remunerações. O Dieese destaca a necessidade de um debate contínuo sobre o tema e a importância de aumentar a presença feminina em negociações e posições de liderança nas empresas.

publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA